[RESENHA] Vivian Contra a América

Resenha do desfecho da duologia Vivian Apple.

Título: Vivian Contra a América (Vivian Apple #2)

Autora: Katie Coyle

Editora: Harper Collins Now Brasil

Número de páginas: 304

Ano de publicação: 2016
Nota: 5/5 + ❤️
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Vivian Apple no SKOOB
Resenha de seu antecessor Vivian Contra o Apocalipse (AQUI)

     Vivian Apple, protagonista de Vivian contra o apocalipse, tem um currículo surpreendentemente variado. Aos 17 anos, passou de boa moça estudiosa a revolucionária procurada, atravessou os Estados Unidos de carro com os amigos, lutou contra um bando de adolescentes doutrinados, encontrou uma irmã que nem sabia que existia e descobriu segredos sombrios sobre um culto que dominou a América. O próximo passo? Tentar determinar o paradeiro de Peter, seu meio-que-namorado, antes que o mundo acabe (de novo), em três meses.

       A sequência e conclusão da série começa com Vivian e Harp, sua melhor amiga, perdidas em São Francisco, perseguidas por grupos religiosos e caçadores de recompensa e enfrentando uma sociedade cada vez mais próxima do colapso. Até que uma pista as leva a Los Angeles, para o hotel Chateu Marmont, o improvável quartel-general da Igreja Americana, onde supostamente grandes nomes esperam pelo fim do mundo. Parece que Vivian precisa salvar o país, seus amigos e a si mesma, ou arriscar perder tudo que ama mais uma vez.

Vivian contra a América conclui a série com louvor, com muita ação e reviravoltas emocionantes, mas ainda assim cheio de questionamentos e reflexões. Os personagens são retratos de uma geração que tenta encontrar seu lugar num mundo que parece enlouquecer. Idealistas e ao mesmo tempo pé no chão, não vão parar por nada até descobrir a verdade. Vivian contra a América vai fazer o leitor questionar tudo, até suas próprias crenças e convicções.      

"Não gosto de ter que lutar. Se a Igreja não existisse, [...] teria uma vida normal. Seria uma pessoa prestes a fazer parte do mundo, em vez de alguém tentando se esconder dele."

Na continuação do enredo de Viv, somos apresentados à vários personagens novos, o que de início fica tudo muito confuso (do tipo "espera, quem é você?"), no entanto, todos conseguem ser cativantes e é possível criar empatia por todos (Até por um dos "Anjos" da Igreja Americana...). Quanto a nossa protagonista, ela foi jogada para fora de sua zona de conforto, colocada em situações comprometedoras capazes de abalar qualquer emocional... Essas situações vieram super a calhar, já que, com elas a evolução de Apple durante a história a deixou ainda mais apaixonante! (#Procura-seUmaVivian). Uma personagem que nem fez tanta diferença no primeiro livro, volta de maneira totalmente diferente e fez muito bonito no segundo! (Edi)  

"Se encontrarmos dentro de nós a capacidade de amar sem medo nem restrições, de aceitar a humanidade dos outros como um fato simples e irrefutável.[...] É fácil nos escondermos uns dos outros, nos escondermos no medo e na desconfiança, estendendo nosso amor a poucos e privilegiando nosso próprio bem acima do destino de pessoas que nem conhecemos. Mas acredito que o ser humano é tão maior e melhor do que isso."

Indiscutivelmente, a história de Vivian Apple é uma das minhas favoritas da vida, um assunto bem contemporâneo, com um toque de distopia. Um livro leve, fluído, eletrizante, fugindo dos clichês, foi uma leitura com um mix de sentimentos e emoções, eu me senti tão conectado à história que me vi ficar alterado com os acontecimentos de Vivian contra a América, bem como no primeiro livro. O segundo livro possuí mais ação que o primeiro, de fato, as situações do primeiro desencadearam uma grande bola de neve que uma hora ou outra iria passar por cima de Vivian e Harp. Com um final realmente eletrizante, ao fim da leitura me encontrei totalmente satisfeito ao ponto de querer mais. Katie Coyle entrou para a lista dos meus autores favoritos, espero encontrar em breve mais obras dela aqui no Brasil.

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